Consumidor pode economizar ao escolher o financiamento de 30
anos com juros menores
Na hora de realizar o sonho da casa própria, o consumidor
não deve fechar o financiamento com o primeiro banco consultado.
De acordo com um levantamento realizado pela Proteste
(Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), ao pesquisar os valores, o
brasileiro pode economizar até R$ 47 mil ao longo dos anos utilizados para
quitar o valor total da dívida.
Uma sutil diferença de percentuais, um gasto ou uma economia
gigantescos. Ainda que tenha um dos menores juros do sistema financeiro
nacional, o financiamento imobiliário pode variar muito de um banco para outro.
Um estudo da associação de consumidores Proteste detectou que uma diferença
inferior a um ponto percentual no juro pode elevar a parcela em mais de 10%.
- Como em outras modalidades de empréstimo e financiamento,
no crédito imobiliário é preciso pesquisar e barganhar com os bancos - explica
Renata Pedro, técnica da Proteste.
A necessidade de comparar é ainda maior para financiamentos
longos, explicam consultores de finanças. Como o custo total da operação se
estica com o tempo, o impacto da diferença de juro é maior para operações acima
de 25 anos. Em geral, as instituições financeiras têm margem para reduzir o
juro, e condicionam a concessão de vantagens ao grau de relacionamento que o
cliente aceita ter. Na Caixa, por exemplo, as condições ficam mais atraentes se
o consumidor contratar cartão de crédito, cheque especial e autorizar débito em
conta. O juro é reduzido se o cliente aceitar transferir sua conta salário para
o banco.
Essa negociação é legal - o que não pode é o banco negar
crédito se o cliente não transferir sua conta ou contratar outros serviços.
- O desafio é o cliente calcular se a contratação destes
outros serviços não irá onerar demais seus custos – alerta Miguel Ribeiro de
Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac).
Juro não é principal fator a se observar
Os bancos, tanto públicos como privados, costumam reduzir a
chamada taxa de balcão na negociação. Por isso, especialistas observam que o
juro divulgado, embora seja referência, não deve ser encarado como definitivo.
O juro é o primeiro fator a se observar, mas não é o
principal. O indicador mais preciso para avaliar o preço do financiamento é o
Custo Efetivo Total (CET). Além do juro, ele considera outros encargos que
pesam na parcela, como seguros, impostos, ficha cadastral e avaliação do imóvel
(quando houver). A diferença não é desprezível. Conforme o estudo da Proteste,
o espaço do juro para o custo final da operação pode chegar a um ponto
percentual.
- Se olhar apenas o juro, o cliente pode acabar pagando uma
prestação mais cara, pois os custos com encargos são diferentes para cada
instituição - diz Renata.
O que levar em conta
* Fique atento às exigências dos bancos para oferecer a taxa
mais baixa. Nem sempre o "relacionamento" ao qual condicionam o
negócio é a melhor opção.
* Os bancos podem ser bem receptivos para negociar a taxa
balcão, aproximando-a com os juros de concorrentes mais baratos. Para isso, é
válido imprimir e levar a simulação de concorrentes até a agência.
* Observe sempre o custo efetivo total (CET) da operação,
pois, além do juro do financiamento, contempla todos os outros custos que irão
pesar na parcela (seguros obrigatórios, taxa de contrato, impostos e ficha
cadastral).
* Especialistas recomendam a amortização pela tabela SAC, em
que as parcelas iniciais são mais altas e gradativamente vão caindo. Como o
abatimento do juro é maior no início, o custo total do financiamento cai.
* Lembre-se de que quanto mais longo o prazo de pagamento,
maior a incidência de juros e o custo do financiamento.
* Use o FGTS para pagar parte do imóvel e abater as
parcelas. Com rendimento de apenas 3% ao ano (mais TR) – incapaz de vencer a
inflação –, esse dinheiro é melhor usado para aliviar o financiamento.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2014/09/como-escolher-o-banco-para-financiamento-imobiliario-4608806.html (Jornal Zero Hora)
0 comentários:
Postar um comentário