Casa própria fica mais barata com pesquisa de taxas

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Consumidor pode economizar ao escolher o financiamento de 30 anos com juros menores

Na hora de realizar o sonho da casa própria, o consumidor não deve fechar o financiamento com o primeiro banco consultado.

De acordo com um levantamento realizado pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), ao pesquisar os valores, o brasileiro pode economizar até R$ 47 mil ao longo dos anos utilizados para quitar o valor total da dívida.

Uma sutil diferença de percentuais, um gasto ou uma economia gigantescos. Ainda que tenha um dos menores juros do sistema financeiro nacional, o financiamento imobiliário pode variar muito de um banco para outro. Um estudo da associação de consumidores Proteste detectou que uma diferença inferior a um ponto percentual no juro pode elevar a parcela em mais de 10%.

- Como em outras modalidades de empréstimo e financiamento, no crédito imobiliário é preciso pesquisar e barganhar com os bancos - explica Renata Pedro, técnica da Proteste.

A necessidade de comparar é ainda maior para financiamentos longos, explicam consultores de finanças. Como o custo total da operação se estica com o tempo, o impacto da diferença de juro é maior para operações acima de 25 anos. Em geral, as instituições financeiras têm margem para reduzir o juro, e condicionam a concessão de vantagens ao grau de relacionamento que o cliente aceita ter. Na Caixa, por exemplo, as condições ficam mais atraentes se o consumidor contratar cartão de crédito, cheque especial e autorizar débito em conta. O juro é reduzido se o cliente aceitar transferir sua conta salário para o banco.

Essa negociação é legal - o que não pode é o banco negar crédito se o cliente não transferir sua conta ou contratar outros serviços.

- O desafio é o cliente calcular se a contratação destes outros serviços não irá onerar demais seus custos – alerta Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Juro não é principal fator a se observar

Os bancos, tanto públicos como privados, costumam reduzir a chamada taxa de balcão na negociação. Por isso, especialistas observam que o juro divulgado, embora seja referência, não deve ser encarado como definitivo.

O juro é o primeiro fator a se observar, mas não é o principal. O indicador mais preciso para avaliar o preço do financiamento é o Custo Efetivo Total (CET). Além do juro, ele considera outros encargos que pesam na parcela, como seguros, impostos, ficha cadastral e avaliação do imóvel (quando houver). A diferença não é desprezível. Conforme o estudo da Proteste, o espaço do juro para o custo final da operação pode chegar a um ponto percentual.

- Se olhar apenas o juro, o cliente pode acabar pagando uma prestação mais cara, pois os custos com encargos são diferentes para cada instituição - diz Renata.

O que levar em conta

* Fique atento às exigências dos bancos para oferecer a taxa mais baixa. Nem sempre o "relacionamento" ao qual condicionam o negócio é a melhor opção.

* Os bancos podem ser bem receptivos para negociar a taxa balcão, aproximando-a com os juros de concorrentes mais baratos. Para isso, é válido imprimir e levar a simulação de concorrentes até a agência.

* Observe sempre o custo efetivo total (CET) da operação, pois, além do juro do financiamento, contempla todos os outros custos que irão pesar na parcela (seguros obrigatórios, taxa de contrato, impostos e ficha cadastral).

* Especialistas recomendam a amortização pela tabela SAC, em que as parcelas iniciais são mais altas e gradativamente vão caindo. Como o abatimento do juro é maior no início, o custo total do financiamento cai.

* Lembre-se de que quanto mais longo o prazo de pagamento, maior a incidência de juros e o custo do financiamento.

* Use o FGTS para pagar parte do imóvel e abater as parcelas. Com rendimento de apenas 3% ao ano (mais TR) – incapaz de vencer a inflação –, esse dinheiro é melhor usado para aliviar o financiamento.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2014/09/como-escolher-o-banco-para-financiamento-imobiliario-4608806.html (Jornal Zero Hora)

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